Referências históricas e análises psicanalíticas foram a base para a construção do texto. Apesar de se tratar de uma tese, o texto é leve, com depoimentos da própria autora em tom confessional. Para traçar a relação dos olindenses com as ladeiras, Eliane entrevistou 30 pessoas, entre adultos e crianças, de diversas classes sociais. Intelectuais, artistas, donas de casa e até um ex-guia mirim, que ainda tinha decorado o texto que soltava em um único suspiro para todos os visitantes.
´O livro constrói a história dos ciclos de Olinda. Cobre desde a criação até o momento atual, de efervecência artística`, explica. Para ela, a cidade passou por cinco fases: o apogeu com a cana-de-açúcar, no Brasil Colônia; a perda do status de capital para o Recife; a retomada de destaque como cidade balneário; crise devido às ressacas que destruíram as praias e erosões nas colinas e, por fim, o ressurgimento artístico, em que se destacam os ateliês e o título de patrimônio histórico e cultural da humanidade pela Unesco. Entre apogeu e declínio, um detalhe se destacou: a identificação dos moradores com a cidade. ´Não posso comparar com outros lugares, porque não fiz essa pesquisa, mas um dos traços mais fortes é a paixão, conhecimento da história e valorização de partes antigas e belezas. (Luiza Maia)
Serviço
Memória de Olinda: história, psicanálise, paixão e arte
Editora EDUFBA
Preço: R$ 45
DP
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